História da Pizza
Como surgiu a pizza: cronologia da história
Diferente do que a maioria das pessoas pensa, a pizza não foi criada na Itália. Calma! Você não leu errado, é isso mesmo!
Existem duas versões da história: uns dizem que a pizza surgiu antes mesmo de Cristo e foi criada pelos egípcios.
Outros afirmam que os primeiros gregos misturavam farinha de trigo, arroz ou grão de bico e assavam as pizzas em tijolos quentes.
A massa fina era conhecida como “pão de Abrahão ou “piscea”, consumida pelos babilônios, hebreus e egípcios.
Três séculos antes de Cristo, os fenícios tiveram a brilhante ideia de rechear essa massa (mais parecida com os pães árabes) com carne e cebola.
A ideia foi adotada pelos turcos mulçumanos e, durante as Cruzadas, na Idade Média, a pizza chegou ao porto de Nápoles, na Itália. Foi aí que os napolitanos, usando trigo da melhor qualidade e acrescentando diversos sabores – como o queijo, por exemplo -, criaram a pizza que conhecemos hoje.
Despois de cinco séculos, o molho de tomate (vindo da América) foi incrementado no recheio da pizza. Nessa época a pizza ainda não era redonda, ela era dobrada como um calzone.
Ao longo dos anos o formato da pizza foi se aperfeiçoando, até chegar na forma redonda, que se mantêm até os dias de hoje. Por fim, a pizza se tornou popular com os norte-americanos, no final da Segunda Guerra Mundial.
Curiosidades:
A primeira pizzaria de que se tem notícia no mundo se chamava Port’Alba, frequentada por diversos artistas famosos da época, tais como Alexandre Dumas, que, inclusive, citou variações de pizzas em suas obras.
Em 1962, Sam Panopoulos (1934-2017), grego emigrado no Canadá e dono de vários restaurantes, teve a idéia de acrescentar ananás a uma pizza.
E ela chegou ao Brasil...
..da mesma forma, por meio dos imigrantes italianos, e, hoje, pode ser encontrada facilmente na maioria das cidades brasileiras.
Até os anos 1950, era muito mais comum ser encontrada em meio à colônia italiana, tornando-se, logo em seguida, parte da cultura deste país.
Desde 1985, comemora-se o dia da pizza no dia 10 de julho.
Foi no Brás, bairro paulistano dos imigrantes italianos, onde as primeiras pizzas começaram a ser comercializadas no Brasil. Segundo consta no livro Retalhos da Velha São Paulo, escrito por Geraldo Sesso Jr., o napolitano Carmino Corvino, o Dom Carmenielo, dono da já extinta Cantina Santa Genoveva, instalada na esquina da Avenida Rangel Pestana com a Rua Monsenhor Anacleto, inaugurada em 1910, passou a oferecer as primeiras pizzas da cidade.
Aos poucos, a pizza foi-se disseminando pela cidade de São Paulo, sendo abertas novas cantinas. As pizzas foram ganhando coberturas cada vez mais diversificadas e até mesmo criativas. No princípio, seguindo a tradição italiana, as de muçarela e anchova eram as mais presentes, mas, à medida que hortaliças e embutidos tornavam-se mais acessíveis no país, a criatividade dos brasileiros fez surgir as mais diversas pizzas.
A verdadeira pizza napolitana
Em 1982, foi fundada, em Nápoles, na Itália, por Antonio Pace, a Associação da Verdadeira Pizza Napolitana, (Associazione Verace Pizza Napoletana) com a missão de promover a culinária e a tradição da pizza napolitana, defendendo, até com certo purismo, a sua cultura, resguardando-a contra a "miscigenação" cultural que sofre a sua receita.
Com estatuto preciso, normatiza as suas principais características.
A associação age fortemente na Itália para que a pizza napolitana seja reconhecida pelo governo como "DOC" (di origine controllata)
Em 2004, um projeto de lei foi enviado ao parlamento, com o intuito de regulamentar, por lei, as verdadeiras características da pizza napolitana. O "DOC" é uma designação que regulamenta produtos regionais, tais como os famosos vinhos portugueses.
Além disso, a pizza napolitana está, desde Dezembro de 2009, protegida pela Comissão Europeia, junto com mais 44 produtos que têm o selo de (Specialità Tradizionale Garantita – STG).
Segundo a associação, a Verace Pizza Napolitana deve ser confeccionada com farinha, fermento natural ou levedura de cerveja, água e sal. A pizza deve ser, ainda, trabalhada somente com as mãos ou por alguns misturadores devidamente aprovados por um comité da organização. Depois de descansar, a massa deve ser esticada com as mãos, sem o uso de rolo ou equipamento mecânico. Na hora de assar, a pizza deve ser apenas em forno a lenha, a 485°C, sendo que, sobre a superfície do forno, não deve ser colocado nenhum outro utensílio.
A variedade de coberturas é reconhecida pela organização, porém devem ter a sua aprovação, estando em conformidade com as tradições napolitanas e não contrastando com nenhuma regra gastronômica.
Algumas coberturas são tidas como tradicionais, sendo elas (respeitando seus nomes italianos):
• Marinara (Napolitana): tomate, azeite de oliva, orégano (orégão) e alho.
• Margherita: tomate, azeite de oliva, queijo mozzarella e manjericão.
• Ripieno (Calzone), uma piza recheada: queijo ricota, queijo mozzarella especial, azeite de oliva e salame.
• Formaggio e Pomodoro: tomate, azeite de oliva e queijo parmesão ralado.
Quando degustada, a pizza deve apresentar-se macia, bem assada, suave, elástica, fácil de ser dobrada pela metade.
As bordas elevadas devem ser douradas.
O gosto da massa deve ser de pão bem fermentado, misturado ao sabor ácido do tomate, aroma de alho, orégano, manjericão.
A pizza deve ser obrigatoriamente redonda, não podendo o seu diâmetro ser maior do que trinta e cinco centímetros.
Outra medida, a espessura no centro do disco, não deve ser maior do que cinco milímetros, e a borda não pode ser maior do que dois centímetros.